Apresentando-me.

Sou o Eng. Bozzetto, CEO da Athos Assessoria em Engenharia de Segurança do Trabalho e desde 2012 estou ajudando várias empresas com soluções em segurança do trabalho.

Tenho formação técnica em segurança do trabalho, engenheiro de produção, especializado em segurança do trabalho desde 1993 com atuação em empresas de grande porte e multinacionais, com resultados atingidos;

• 5 anos de zero acidentes sem afastamentos;
• Criador de padrões em segurança do trabalho em consonância com sistema de gestão;
• 92% de atendimento de requisitos na auditoria do sistema de gestão em segurança do trabalho;

Também sou Perito do Juízo para Varas do Trabalho e Varas Federais com mais de 4 000 diligencias realizadas.

 A importância.

A segurança do trabalho é um tema de grande relevância para as empresas e para a sociedade em geral.

Segundo a Organização Mundial do Trabalho, a cada 15 segundos morre uma pessoa no mundo em razão de uma doença ou acidente de trabalho.

No Brasil, uma pessoa sofre um acidente a cada minuto enquanto desempenha sua função ocupacional.

Pode não parecer, mas a segurança do trabalho é um tema que está em constante evolução pelas mudanças tecnológicas, sociais e econômicas que ocorrem no mundo do trabalho e as empresas também precisam se adaptar às novas demandas e desafios.

Alguns exemplos: o uso de novas tecnologias como inteligência artificial, robótica, internet das coisas; a adoção de novas formas de trabalho como home office, trabalho remoto, trabalho por demanda; a emergência de novos riscos ocupacionais como estresse, burnout, assédio moral, entre outros.

As organizações devem ter a consciência que a necessidade de promover uma cultura de segurança e saúde devem estar chancelado pela alta direção com participação ativa na gestão e que deve envolver todos os níveis hierárquicos e setores.

Já os profissionais de segurança do trabalho, são os expert do assunto e devem ser considerados como um facilitador da gestão nas atividades que visam proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais.

Para estes profissionais, cabe desenvolver as diversas práticas, normas, programas para o atendimento das legislações que regulamentam as condições de trabalho em diferentes setores e atividades além de assessorar a gestão na implementação destas medidas em toda a organização e fomentar a alta direção com indicadores de performance de desempenho dos setores em segurança do trabalho.

Resumindo, a gestão de segurança do trabalho por um conjunto de práticas e processos que visam garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores em um ambiente laboral.

Por isso, é importante que os profissionais da área estejam sempre atualizado sobre as novidades e tendências que afetam a segurança e saúde dos trabalhadores.

Abaixo, vou abordar os 7 aspectos importantes da gestão em segurança do trabalho.

1º – Identifique os riscos:

A identificação de riscos é um processo crucial para qualquer projeto, organização ou atividade e não é diferente para a segurança do trabalho.

O seu objetivo é permitir a identificação antecipada de eventos ou condições de riscos para identificar os perigos potenciais presentes nas tarefas, máquinas, equipamentos, produtos químicos, ergonomia, entre outros relacionados ao ambiente de trabalho.

Existem várias abordagens e técnicas que podem ser utilizadas para identificar riscos. Aqui estão alguns exemplos das ferramentas mais comuns:

Revisão de documentos; Brainstorming; Análise SWOT ; Análise de cenários…

Lembre-se que a identificação de riscos é um processo contínuo devendo ser sempre atualizado

2º Avalie os riscos:

É um processo multidisciplinar que requer participação de vários profissionais que subsídiados por dados ou informações relevantes possam quantificar os riscos  para posterior tomada de decisões.

Uma vez identificados os riscos, deve-se proceder com uma análise mais detalhada de cada um deles.

Isso envolve a determinação da probabilidade de ocorrência, da gravidade das consequências e da exposição ao risco.

Também é possível utilizar ferramentas como a matriz de probabilidade e impacto para classificar os riscos de acordo com sua importância.

Nesta etapa, os riscos devem ser são avaliados com critérios pré-definidos que pode ser qualitativa, onde os riscos são classificados em categorias  como exemplo: baixo, médio, alto ou quantitativa, quando é atribuído um valor numérico para representar o nível de risco.

3º Estratégias de controle:

É aonde são pensadas e implementadas os controle para os perigos e riscos identificadas nos passos anterior.

Com a avaliação de riscos concluídas, deve-se elaborar as estratégias para controlar ou mitigar cada um dos riscos identificados por meio da equipe multidisciplinar.

Estas estratégicas devem ser pensadas com base nas boas práticas da hierarquia de prioridades como:

1. Eliminação – remover fisicamente as fontes de risco/
2. Substituição – substituir o perigo por uma alternativa mais segura;
3. Controle de Engenharia – isolar o trabalhador do fator de risco;
4. Controle Administrativo – mudar o procedimento de trabalho;
5. Equipamento   de   Proteção   Individual  –  para minimizar a exposição aos perigos

Por isso é necessário definir as políticas, recursos, procedimentos, treinamentos, investimentos entre outras necessidades para ter sucesso nesta etapa que é critica para a gestão.

4º Monitoramento:

Com foco na garantia das conformidades alcançadas e identificar as melhorias continuas.

São duas atividades principais: monitoramento e a inspeção, que se relacionam e têm como objetivo acompanhar e avaliar o sistemas, e têm algumas diferenças sutis que são:

Monitoramento: é o acompanhamento contínuo ou periódico que coleta informações relevantes sobre um desempenho. Pode ser feito usando análise de dados ou observação direta para obter dados a fim de detectar mudanças, anomalias ou tendências significativas.

Inspeção: é um processo pontual e detalhado, que envolve uma avaliação física, visual ou técnica para verificar uma condição. Deve ser realizada por inspetores que seguem diretrizes específicas e aplicam critérios de avaliação predefinidos.

O monitoramento e a inspeção são importantes na garantia do sistema a longo prazo porque detecta precocemente de problemas ou falhas no cumprimento de regulamentos ou normas aplicáveis, propciando a melhoria contínua.

5º Investigar acidentes:

O processo de investigação de acidentes é uma análise detalhada para determinar suas causas raízes.

O objetivo é identificar os fatores que contribuíram para o evento a fim de evitar recorrências no futuro e melhorar a segurança.

São algumas etapas envolvidas em uma investigação de acidentes:

1. Notificação: Quem   deve   ser   imediatamente notificado;
2. Preservação da cena: Preservar as evidências não sejam;
3. Coleta de   informações:   Reunir   informações relevantes de testemunhas e;
4. Análise de dados: Analisar informações de forma sistemática e;
5. Identificação de causas raízes: Identificar os fatores subjacentes do evento;
6. Recomendações: Com base nas causas e propor ações;
7. Relatório: Descrever as conclusões, causas e as ações de controles.

Lembre-se que a investigação de acidentes deve ser conduzida de forma imparcial, objetiva e livre de qualquer intenção punitiva.

6º Concientização:

É fundamental para disseminar o conhecimento e promoção do comportamento seguro.

Treinamento e conscientização são atividades que visam melhorar o conhecimento, a compreensão e o comportamento das pessoas com o objetivo de promover mudanças positivas.

São essenciais para garantir que os funcionários adquiram as habilidades necessárias para desempenhar suas funções de maneira eficaz e segura. Isso pode incluir treinamentos técnicos específicos para o trabalho, bem como programas de desenvolvimento de habilidades interpessoais, liderança e ética profissional.

Neste contexto, são promovidas campanhas de conscientização, palestras, workshops e materiais educativos dentre outros exemplos sendo fundamental para promover uma mudança de comportamento, tanto em nível individual quanto coletivo.

Portanto, são ferramentas poderosas para promover mudanças positivas em diferentes contextos e têm o potencial de transformar atitudes e comportamentos.

7º Emergências

Ter os planos de respostas prontas e imediata para minimizar os impactos e danos para pessoas e patrimonio.

Ter um plano de emergência que estabelece os procedimentos a serem seguidos em caso de uma situação de risco ou de crise. O objetivo é minimizar os danos e as perdas humanas, materiais e ambientais, bem como facilitar o restabelecimento da normalidade no menor tempo possível.

São alguns passos a serem considerados no plano:

1. Identificar possíveis cenários de emergência e níveis de
2. Estabelecer responsabilidades e atribuições para equipe de emergência, meios de comunicação e coordenação.
3. Prever recursos para o atendimento, evacuação das vítimas, o combate ao sinistro e a recuperação da área
4. Executar medidas preventivas e corretivas para reduzir os riscos e evitar a ocorrência de emergências.
5. Estabelecer procedimentos para a ativação, execução e o encerramento da emergência.
6. Divulgar e treinar todos os envolvidos, incluindo os funcionários, os clientes, os fornecedores e a comunidade.

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A abordagem foi do ponto de vista do Autor, mas existem outros aspectos a serem considerados.

Por isso disponibilei mo meu blog, outros artigos sobre o assunto e convido você a continuar a leitura.

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